Depoimentos

Rodrigo Bacurau , Pesquisador da UNICAMP
http://www.demic.fee.unicamp.br
bacurau@demic.fee.unicamp.br

 

 

 

Prezados amigos da Eng. da Computação UNIVASF, é com grande prazer que venho por meio deste depoimento falar um pouquinho da minha vida como aluno da UNIVASF e como Engenheiro de Computação. Eu faço parte do privilegiado grupo dos 50 alunos “cobaias” da primeira turma de Eng. da Computação da UNIVASF, também tenho o privilégio de ter o diploma nº 01 do referido curso.

 

O período de UNIVASF foi o momento mais intenso da minha vida, marcado por inúmeras alegrias, emoções e desejos, mas também algumas decepções, muito esforço e cansaço. Me lembro do primeiro período, quando a turma se reunia mensalmente para os churrascos regados de cerveja, tempo maravilhoso. A nossa alegria e jovialidade não nos permitia que o desgaste da nova vida de intenso estudo e as decepções nas provas nos abalassem. Com o passar dos semestres, algumas reprovações, várias recuperações, fomos nos tornando mais conscientes das dificuldades de se tornar um Engenheiro da Computação na UNIVASF.

 

Tivemos alguns problemas com mudança de currículo, desentendimentos com alguns professores, mas o que mais nos atrapalhava era a dificuldade para montarmos os horários dos semestres, nunca conseguíamos nos matricular na quantidade de disciplinas que queríamos, pois os horários chocavam. Mas enfim, após 5 anos de maratona (para alguns 6, 7 ou mais anos) consegui receber o tão desejado diploma de Bacharel em Engenharia da Computação. Devido às dificuldades, ou mesmo por não se identificarem pelo curso, alguns amigos mudaram de curso. Hoje percebo que todo o esforço valeu a pena.

 

Após terminar a graduação tentei, inicialmente, conseguir emprego em alguma empresa, participei de seleções de Trainee, mas não fui selecionado. De fato, o que mais me atraía era a carreira de pesquisador. Durante a graduação, participei de 3 iniciações científicas, ministrei minicursos, publiquei alguns artigos em congressos, o que me fez criar gosto pela “coisa”. Passei para a seleção de mestrado em Engenharia Elétrica na UFJF, e Juiz de Fora - MG, e no mesmo tempo, passei no concurso para professor substituto de Algoritmos e Programação na UNIVASF. Decidi tentar o mestrado, mas chegando em Juiz de Fora não me identifiquei com o curso e tive o pressentimento que ali não era o meu lugar, em três dias estava me mudando novamente para Juazeiro e assumindo o cargo de professor.

 

Adorei o trabalho de professor, me sentia confortável e realizado na UNIVASF e em Petrolina-Juazeiro, mas sabia que precisava sair de lá. Fui selecionado nos dois melhores mestrados em Engenharia Elétrica do país, UFRJ e UNICAMP, optei pela UNICAMP. O mestrado foi maravilhoso, adorei meu campo de trabalho, consegui uma bolsa de estudos para fazer parte da minha pesquisa na Universidade de Washington nos EUA e depois fui contratado para estagiar na Hitachi em Detroit também nos EUA, foi experiência maravilhosa. Ao voltar ao Brasil finalizei meu trabalho e defendi o meu mestrado.

 

Por gostar muito do grupo de pesquisa da UNICAMP, dos meus amigos, colegas e do meu orientador, decidi fazer doutorado na UNICAMP, o qual devo estar finalizando até o final de 2016. Após o doutorado pretendo fazer um pós-doutorado para expandir a minha rede de relacionamentos e consolidar meu trabalho. Em seguida, pretendo me tornar professor em uma Universidade pública do Brasil, a UNIVASF está entre o grupo seleto de instituições que tenho o desejo de trabalhar.

O curso de Engenharia da Computação da UNIVASF me permitiu viver um dos momentos mais felizes da minha vida, e me deu o suporte técnico para continuar na vida profissional. Realmente a carga horária de Engenharia da Computação na UNIVASF é muito pesada, o nível de exigência dos professores e cobrança nas provas é grande (na minha opinião, maior do que na UNICAMP), enfim, o curso de Engenharia da Computação na UNIVASF é um curso muito difícil, porém, é um curso de qualidade. Descobri saindo da UNIVASF, que o egresso desta instituição não é inferior aos da UNICAMP ou da Universidade de Washington. Porém, algumas coisas precisam ser aprimoradas, para que os alunos obtenham ainda mais sucesso. Acredito que a UNIVASF está no caminho correto.

 

O Curso de Engenharia da Computação da UNIVASF, por ser um curso generalista, que abrange bem tanto a área de software quanto a área de hardware (uma das causas da carga horária elevada), permite que o aluno escolha em que área trabalhar quando sair do curso. O egresso pode atuar como engenheiro ou desenvolvedor de software, ou caso tenha mais afinco com hardware, pode atuar em empresas na área de desenvolvimento de sistemas embarcados e eletrônica. Mas as possibilidades não param por aí, o egresso pode atuar na área de gestão, abrir seu próprio negócio, ou como eu, seguir carreira acadêmica e de pesquisador.

 

Por fim, parabenizando o curso de Engenharia da Computação da UNIVASF pelos 10 anos de sucesso na formação de profissionais de alta qualidade. Um forte abraço a todos os professores, alunos e colaboradores e é claro, aos meus amigos que fizeram ou fazem parte desta equipe!


Alisson Amorim , Engenheiro da Computação
alisson-amorim@hotmail.com

 

 

 

O curso me proporcionou uma base sólida de teoria computacional e engenharia, por meio da grade generalista e extensa. Através dos conhecimentos obtidos e das oportunidades  oferecidas pela universidade, como a iniciação científica, pude rapidamente ofertar soluções e produtos responsáveis por promover eficiência de processos e inovação tecnológica para o comercio e a indústria.  O impacto socioeconômico gerado por essas soluções é uma das grandes realizações da carreira.

 

A elevada carência de profissionais para desenvolver e manter produtos computacionais gera oportunidades únicas e completamente distintas de outras profissões. Há um mercado imenso de ofertas de empregos e serviços, presencias e à distância, que permitem aos egressos do curso atuarem assim que concluem o curso, com remunerações condizentes, por vezes superiores, à qualquer outro profissional de Engenharia, independente do setor público ou privado. O mercado exige, entretanto, a constante atualização profissional, um conhecimento prévio razoável na área que se deseja atuar, a capacidade de interagir com profissionais de diferentes formações e uma dedicação diferenciada de horários. Uma das maiores dificuldade que um egresso poderá encontrar ao tentar entrar em uma determinada profissão é não vivenciar e praticar os conhecimento da sua área de interesse durante o curso, seja por falta de interesse ou incapacidade do curso em promover essa experiência. A grande maioria dos empregadores esperam que os profissionais de computação precisem de pouco ou nenhum treinamento para realizarem suas atividades e que sejam capazes de extrapolar a teoria nas disciplinas, gerando soluções criativas e razoáveis para problemas cada vez mais complexos.

 

De forma geral estou satisfeito com o curso e com a carga de conhecimento adquirida no mesmo. Sugiro rever algumas disciplinas excessivamente teóricas e incorporar práticas voltadas ao mercado de trabalho dentro do curso, além de noções de empreendedorismo e administração aplicadas à computação.

 

Um curso de Engenharia da computação oferece uma oportunidade distinta de realização pessoal e capacidade de promover mudanças sociais, econômicas e culturais, uma vez que a tecnologia da informação está presente de forma irreversível na vida das pessoas, abrangendo e modificando a forma como interagimos com o mundo. O curso de computação da Univasf possui uma concepção moderna, generalista e uma excelente infraestrutura física, com corpo docente diversificado e com grande experiência profissional.